domingo, 22 de abril de 2018

Estudos Memorialísticos por Sheila Dias Maciel

Fichamento de transcrição e resumo



MACIEL, Sheila Dias. Sobre a tradição da escrita de memórias no Brasil. IN: Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 48, n. 4, p. 551-558, out./dez. 2013. Disponível em: < http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/viewFile/15462/10143 >. Acesso em 13 Abril 2018.
 Aline Mendonça

“[...] Para MACIEL (2013) as memórias são uma literatura que propõe retorno por parte do eu-narrador com o intuito  de evocar pessoas e acontecimentos representativos onde o eu-narrador escreve. [...] um depósito de fatos, torna parte de uma retórica e supera o armazenamento de dados, nela reconhece sua dimensão criativa.[...] memória possui calor e poder, relaciona dominação, propriedade de conservar informações em que lidando com criação e poder, o homem ressignifica e "auto reconhece".
Em linha do Tempo, é analisado obras brasileiras escrita sobre a égide da memória, admite que são autores renomados com características literárias à memória, diferindo na escolha e capacidade de singularizar o passado por meio da linguagem. 
As tantas memórias, MACIEL (2013), discorre por Visconde de Taunay em Memórias Escrita  na década de noventa, considera o momento de difusão positivista da ciência, em que Taunay (2003), reconhece a visão do narrador pela necessidade de voltar ao passado para reconhecer o presente, e o escritor prevê sua publicação apenas após cinquenta anos ou após sua morte. Descreve em memórias , na primeira edição, uma relação com a monarquia recebendo, grau de bacharel das belas letras após reprovar no sexto ano do professor de história, o primeiro romancista  do Brasil. A literatura continua reproduzir fatos de grandes feitos de seu poder relacionados à guerra contra o Paraguai. Portanto MACIEL (2003) afirma que Taunay adota uma narrativa com linguagens que aproxima do real narrativo como tom poético para representar o passado mais próximo à sua realidade.
Nas considerações às obras de Oswald de Andrade,  declara  que sua morte impediu publicação de outros trabalhos que favoreciam análise da cultura brasileira no século vinte. Publicado antes de morrer Um Homem sem Profissão, narrado em primeira pessoa a história de sua infância e adolescência, narram fatos que na temporalidade da memória do autor, pois são descritas aleatoriamente, como surgem na memória e Andrade se revela como escritor modernista pela recusa à tradição, revelando seu personagem Oswald Miramar, onde metamorforeia episódios entre ficção e realidade, entre a obra literária e a existência humana.
Analisando Memórias do Cárcere de Graciliano Ramos, que é fragmentada por tratar de modo memorialístico o que o autor faz de autobiografia nos momentos de prisões vivenciados, que são instantes seletivos e ao ponto de vista da subjetividade do "eu social"  propõe união do passado com o presente.
Nas obras Meus Verdes Anos, contêm para MACIEL (2003), obra que acrescenta memórias autobiográficas, em  Solo de Clarineta  de Érico Veríssimo,  acrescenta além de relato narcisista a inclusão do "eu"  e do externo em "nós" como vínculo social humanista.
Discursa em Jorge Amado Navegação e Cabotagem, 1992, contribui por negação à forma das memórias, atribui por negação à forma das memórias, atribui também a autopromoção ao instigar o leitor  aos segredos  do narrador, além da presença do povo na literatura, mostrando a coletividade do eu lírico. 
Em  Quase Memória: quase romance de Carlos Heitor Cony,  memorializa o pai do Autor pela ordem da lembrança de modo não linear, intitulado pela palavra quase, que familiariza pelo recurso entre personagens existentes e fictícios.
Em  Ponto de Chegada, discursa  obras de não encontram apenas um tempo, pelas diferentes épocas da publicação e os autores fidelizam nomes reais inicialmente trazendo literatura como remate da existência, fogem do pacto inicial proposto como em Graciliano e Oswald.
Reconhece a pluralidade regional pelas obras situar por diferentes regiões, superando modelos estáticos de reescrita, ao contrário de COUTINHO, inicialmente citado e compreende na revisão do passado sem as "amarras da censura", contribui  ao conhecimento  humano, e as obras assim analisadas,  não estão inerentes ou repetitivas, mas devolvem trabalhos com linguagem que exige reflexões e escolhas próprias das atividades literárias." 

Palavras-chave: Memória, Escrita, Literatura Brasileira.





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