quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Projeto Político-pedagógico da Escola: Uma Construção Coletiva

Fichamento de Transcrição e Resumo

Aline Mendonça
VEIGA, Ilma Passos da. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção coletiva. In: VEIGA, Ilma Passos da (org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 1998. (texto disponível em: http://www.sinprodf.org.br/wp- content/uploads/2014/01/PPP-segundo-Ilma-Passos.pdf. Acesso em: Jan 2018.

Projeto Político-pedagógico da Escola: Uma Construção Coletiva

“[...] Reflete na construção do projeto político-pedagógico. O projeto político-pedagógico vai além de um simples agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas, é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária. É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. [...] um processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, na busca de alternativas viáveis à efetivação de sua intencionalidade, trata-se de uma relação recíproca entre a dimensão política e a dimensão pedagógica da escola,  tem a ver com a organização do trabalho pedagógico em dois níveis: como organização da escola como um todo e como organização da sala de aula, incluindo sua relação com o contexto social imediato, procurando preservar a visão de totalidade. Propicia autonomia da escola no sentido que resgata, o espaço público ao debate e à socialização, incluindo o trabalho do professor na dinâmica interna em sala de aula, parte portanto da prática social até a resolução aos problemas de educação e do ensino de nossa escola, estimular inovações e coordenar as ações pedagógicas planejadas e organizadas pela própria escola, deste modo, não visa simplesmente a um rearranjo formal da escola, mas a uma qualidade em todo o processo vivido.
Em Princípios norteadores do projeto político pedagógico o príncipio de igualdade reflete por igualdade de oportunidades, o princípio de qualidade desafia a escola proporcionar de igual, modo qualidade a todos sem distinção de classe social. A qualidade formal, enfatiza os instrumentos e os métodos, a técnica, esta por sua vez envolve, habilidade de manejar meios, instrumentos, formas, técnicas, procedimentos diante dos desafios do desenvolvimento, a qualidade política é voltada para os fins, valores e conteúdos. A Gestão democrática abrange dimensões da pedagógica, administrativa e financeira, onde o Projeto Político pedagógico fica ligado as classes populares. implica principalmente o repensar da estrutura de poder da escola, tendo em vista sua socialização que propicia a prática da participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que elimina a exploração; da solidariedade, que supera a opressão; da autonomia, que anula a dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais das quais a escola é mera executora, inclui, necessariamente, a ampla participação dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões/ações administrativo-pedagógicas ali desenvolvidas. A liberdade está associado a autonomia, que fazem parte do ato pedagógico. A valorização do magistério, requer articulação das partes formadoras pois envolve sucesso na tarefa de formar cidadãos capazes de participar da vida socioeconômica, política e cultural do país relacionam-se estreitamente a formação (inicial e continuada), condições de trabalho (recursos didáticos, recursos físicos e materiais, dedicação integral à escola, redução do número de alunos na sala de aula, sendo que a formação profissional implica, também, a indissociabilidade entre a formação inicial e a formação continuada, e está centrada na escola e fazer parte do projeto político-pedagógico, que compete à escola proceder ao levantamento de necessidades de formação continuada de seus profissionais, e elaborar seu programa de formação, contando com a participação e o apoio dos órgãos centrais, no sentido de fortalecer seu papel na concepção, na execução e na avaliação do referido programa.
Sendo assim, a construção do projeto político-pedagógico parte dos princípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do magistério, fazendo que a escola pretenda por  finalidades culturais, política e social, de formação profissional e humanística. A idéia de autonomia está ligada à concepção emancipadora da educação. A escola concebe seu projeto político-pedagógico e tem autonomia para executá-lo e avaliá-lo ao assumir uma nova atitude de liderança, no sentido de refletir sobre suas finalidades sociopolíticas e culturais.
Na Estrutura Organizacional, a estrutura administrativa, asseguram, praticamente, a locação e a gestão de recursos humanos, físicos e financeiros e as estruturas pedagógicas referem-se, fundamentalmente, às interações políticas, às questões de ensino/aprendizagem e às de currículo, portanto a análise e a compreensão da estrutura organizacional da escola significam indagar sobre suas características, seus pólos de poder, seus conflitos, ao avaliar os pressupostos teóricos, ao situar os obstáculos e vislumbrar as possibilidades, os educadores vão desvelando a realidade escolar, estabelecendo relações, definindo finalidades comuns e configurando novas formas de organizar as estruturas administrativas e pedagógicas para a melhoria do trabalho de toda a escola na direção do que se pretende.
O currículo, é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilálos, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito. Neste sentido, o currículo refere-se à organização do conhecimento escolar, este não pode ser separado do contexto histórico e cultural, Quando o currículo é adicionado por uma ideia integradora, este passa denominar currículo de integração.Portanto orientar a organização curricular para fins emancipatórios implica, inicialmente, desvelar as visões simplificadas de sociedade, concebida como um todo homogêneo, e de ser humano, como alguém que tende a aceitar papéis necessários à sua adaptação ao contexto em que vive.
O tempo escolar, a organização do tempo do conhecimento escolar é marcada pela segmentação do dia letivo, quanto mais compartimentado for o tempo, mais hierarquizadas e ritualizadas serão as relações sociais, reduzindo, também, as possibilidades de se institucionalizar o currículo integração que conduz a um ensino em extensão, envolve o tempo de trabalho e de eficácia da aprendizagem, que podem ser flexibilizados, de acordo com os processos diagnósticos  e avaliativos.
As relações de trabalho  são desenvolvidas pela sociabilização do aluno dentro do ambiente escolar.
As Avaliações, do projeto político-pedagógico, numa visão crítica, parte da necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca explicar e compreender criticamente as causas da existência de problemas, bem como suas relações, suas mudanças e se esforça para propor ações alternativas (criação coletiva). Esse caráter criador é conferido pela autocrítica, tem um compromisso mais amplo do que a mera eficiência e eficácia das propostas conservadoras. Portanto, acompanhar e avaliar o projeto político-pedagógico é avaliar os resultados da própria organização do trabalho pedagógico, deve ser democrática, deve favorecer o desenvolvimento da capacidade do aluno de apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos historicamente e deve ser resultante de um processo coletivo de avaliação diagnóstica.[...]"





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