quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Bullying: mentes perigosas nas escolas

Fichamento de Transcrição e Resumo

SILVA, Ana Maria Barbosa. Bullying: mentes perigosas nas escolas. 2ª edição. São Paulo: Globo, 2015. (texto da p. 197-202 disponível em: . Acesso em: Jan 2018.)

Bullying: mentes perigosas nas escolas

“[...] usado para situações de violência entre pares, o Bullying envolve alunos entre 10% a 26% são vítimas; de 3% a 12%, autores; e de 10% a 21%, vítimas‑autores , demonstram que o bullying é um fenômeno comum nas escolas, portanto a violência vivenciada na escola reflete um contexto social mais amplo: “A comunidade escolar tende a reproduzir, em maior ou menor escala, a sociedade como um todo” (SILVA, 2010, p. 79), Esse tema é negligenciado ao público leigo, de modo que no âmbito da literatura científico,é apontado sobre as características dos envolvidos em situações de bullying (sejam vítimas, autores, autor‑vítima ou testemunha), indicando com clareza os impactos negativos aos alunos vítimas em curto e longo prazos.[...]o fenômeno ocorria antigamente, acrescentando discussões de como ocorre na época tecnológica atual com novos contornos, como no caso do cyberbullying.
Portanto “bullying se refere a comportamentos de uma ou mais pessoas intencionais, negativos e repetidos contra outra pessoa que não é capaz de defender‑se”, indicando que deve haver uma desigualdade de poder entre vítima e agressor.[...]e Silva (2010) apresentar uma tendência a avaliar os envolvidos em termos dicotômicos: o aluno vítima como “bom” e o aluno autor como “mau”. Tal caracterização é simplista, limita a reflexão sobre o motivo da ocorrência do fenômeno e não considera a multideterminação do comportamento humano. Os agressores são descritos, no livro, da seguinte maneira: “Possuem em sua personalidade traços de desrespeito e maldade [...]” (SILVA, 2010, p. 43), prescrevendo que, “Em se tratando de bullying, vale a máxima de que é preciso separar a maçã podre para que ela não contamine todo o cesto” (SILVA, 2010, p. 116)[...] É importante avaliar as condições a que o indivíduo está exposto e que influenciam no comportamento violento dele, bem como realizar intervenções adequadas nessas condições.
Conceitua que a maioria dos alunos envolvidos  nas agressões, pertencem a lares nos quais ocorrem a violência familiar, considera que a exposição à violência interparental estava associada com ser alvo/autor de bullying, especialmente para as meninas, sendo que a violência parental direta aumentava a probabilidade dos meninos relatarem envolvimento em bullying como alvo/autor. Além disso, há chances da família desses alunos necessitar de suporte da comunidade, da escola e do governo, pois os responsáveis podem fazer uso abusivo de drogas, estar desempregados, com dívidas, isolados e com carência de suporte social, sofrer luto mal resolvido, conflito familiar intenso e ter pais com deficiência mental ou com desordens emocionais (REESE et al., 2000; RIGONI; SWENSON, 2000). Adicionalmente, há agressores que apresentam baixa autoestima, sentem‑se culpados pelo que fazem aos outros e não se sentem capazes de alterar seus comportamentos (KEENAN; STOU‑ THAMER‑LOEBER; LOEBER, 2005), assim os comportamentos das crianças resultam de situações adversas.
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[...] é identificado um foco constante no papel do aluno, levando pouco em consideração variáveis da própria instituição escolar. Pesquisas já demonstraram que escolas com elevado número de alunos, pouco supervisionadas, em que os funcionários não praticam a justiça e nem são próximos dos estudantes, que são mal remunerados e se sentem com pouco suporte para trabalhar estão mais propensas a ter situações de violência entre alunos.
[...]faz‑se necessário promover reflexão a respeito da qualidade dos materiais publicados em seu aspecto científico e não apenas mercadológico, uma vez que nem sempre os livros mais vendidos e apreciados pelo público estão consoantes com o que as pesquisas apontam.[...]"







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