GONTIJO; Claudia Maria
Mendes. As crianças e a Linguagem
Escrita. São Paulo. Autores Associados, 2003.
Descrito por: PEREIRA, A.M.
Compreende
pela importância dos processos de decodificação e apropriação da linguagem escrita na
criança e inicia por conceituar
que para Vygotsky o aprendizado da escrita decorre de função social, estabelecimentos de vínculos entre as condições de ensino e interação com
os adultos, exigindo uma participação linguística onde escrever exige
desenvolvimento linguístico, bem como análise de elementos menores
constituintes pela percepção da linguagem oral em que a linguagem escrita se diferencia
da língua falada.
Nas relações entre o
oral e o escrito Vygotsky, percebe que os símbolos escritos resultam de significados
dos símbolos verbais, a aprendizagem da língua escrita exige certo
desenvolvimento de apropriação, mesmo assim a criança transcorre ao
desenvolvimento mais complexo em que a linguagem escrita perpassa ao desenvolvimento do uso de ideias de palavras, sem existência de interlocução. Deste modo, a escrita não se reduz à reprodução do som, mas ao aprendizado e
desenvolvimento da linguagem. Foi realizado análise das
pesquisas em crianças feitas por Ferreiro e Teberosky, verificando que não
há diferença de desenvolvimento entre as crianças iniciantes e as da pré-escola,
ambas ao tentar decodificar a escrita terminam por relacionar entre oralidade
e escrita, atribuindo valores sonoros às letras registradas.
Contribui com análise
de Piaget sobre a relação da linguagem egocêntrica e a linguagem socializada, a primeira é entendida como uma linguagem que a criança estabelece para si
mesma e a linguagem socializada é aquela que a criança estabelece trocas com os
outros, é afirmado que para Vygotsky, a linguagem egocêntrica é uma etapa
importante, de transição pela evolução da linguagem externa à interna mesmo que não seja compreensível aos outros, mas ela é necessária ao processo cognitivo de aquisição da linguagem e apropriação do pensamento interno.
Conclui que a partir
da linguagem oral, inicia o estabelecimento de relações para a criança se apropriar aos
signos da escrita, elas elaboram a si mesmas uma relação
entre o oral e escrito por meio da linguagem egocêntrica, aos poucos se
apropria da hipótese silábica e aos aspectos sonoros da linguagem falada quando entrecruza na internalização e apropriação da escrita na criança, portanto o
bom ensino é aquele que consegue integrar primícias para evoluções ao desenvolvimento linguístico.
Palavras-chave: Concepções da aprendizagem. Aquisição do
conhecimento. Interação. Linguagem. Alfabetização. Letramento. Fala
egocêntrica. Linguagem interior. Linguagem exterior. Linguagem escrita.
Linguagem oral.
Nenhum comentário:
Postar um comentário