Aline Mendonça
http://lattes.cnpq.br/1910193515451926.
quarta-feira, 20 de julho de 2022
quinta-feira, 26 de novembro de 2020
terça-feira, 14 de julho de 2020
Conectivismo
Teoria da Aprendizagem do Conectivismo
Constitui da disposição da aprendizagem, ou seja, é uma abordagem educacional mediada pela tecnologia em que ocorrer individualmente ou e grupo, acontece devido aos meios midiáticos e tecnológicos que a sociedade contemporânea está inserida. Seja por meio do uso do computador, sistema android, televisão, internet, entre outros. A aprendizagem conectivista propõe mudanças entre o ensino e a aprendizagem, bem como a prática docente, em que o uso de tecnologias cada vez mais tem transformado as relações humanas e modos de interação do conhecimento, desenvolvimento crítico e autonomia do indivíduo. Assim é proposto diversas opiniões em que a finalidade da educação, que é a de formar um cidadão crítico e reflexivo mediado por recursos tecnológicos, tendo em vista a necessidade da formação continuada do docente a fim de que as dificuldades dos usos tecnológicos ( das TIC’s), sejam superadas frente a uma realidade de uma geração que vivencia o mundo midiático.
George Siemens, professor e pesquisador da aprendizagem na era digital, aponta que o conhecimento provém da distribuição de uma rede de conexões, em que a aprendizagem percorre por conexões interativas de redes, desenvolvendo a reflexão, decisão e o partilhamento.
Para Siemens (2004):
O Conectivismo apresenta um modelo de aprendizagem que reconhece as mudanças tectônicas na sociedade, onde a aprendizagem não é mais uma atividade interna e individual. O campo da educação tem sido lento em reconhecer, tanto o impacto das novas ferramentas de aprendizagem como as mudanças ambientais na qual tem significado aprender. (p. 8).
O ser humano chega na educação formal cheio de saberes pré concebidos da sua formação familiar, social e também imbuído de uma geração inserida no contexto tecnológico do cotidiano.
[...] eles já nasceram em uma época em que a informação é ágil, conceitos são defendidos e derrubados em um curto espaço de tempo. A Internet proporciona informações de todas as partes do mundo quase que sincronizadamente, por isso a necessidade de manter fortes as conexões com dados utilizáveis nunca foi tão necessária. (LANGARO, 2013, p.2).
Deste modo a aprendizagem é mediada não apenas pela escola, mas parte do entorno que o indivíduo está, sendo a tecnologia parte da realidade social e contemporânea e o profissional da educação, um agente condutor com proposições e objetivos a mediar todo esse entorno do aprendiz, partindo do pressuposto de que em toda parte há excessos de informações. Para Siemens o saber é construído inicialmente pelo próprio indivíduo, quando o aprendiz se constitui do interesse pelo conhecimento, o mesmo passa ser um agente modificador, contínuo e dinâmico, ultrapassando deste modo o conhecimento prévio que outrora possuía.
Na visão de Siemens todo processo de conhecer parte inicialmente do indivíduo. O aprendiz ao nutrir interesse em conhecer, o processo de aprendizagem torna contínuo e dinâmica e não se reflete apenas nos meios formais de ensino, mas no seio da sociedade a qual o indivíduo interage. Portanto ensinar é um modo de conduzir, seja por meios diversos de avaliação dos processos cognitivos, mediados por feedbacks ao educando para obtenção de um determinado saber em que transforme o contexto do mesmo, para Abrantes e Souza (2016):
[...] tomar consciência do papel da tecnologia na vida cotidiana, compreender a construção do conhecimento na sociedade da informação e descobrir como participar efetivamente desse processo e como inseri-lo em sua prática pedagógica, com o propósito de contribuir para a qualidade da educação e da inclusão social, atendendo às reais --n ´´necessidades e interesses da nova geração. (ABRANTES; SOUZA, 2016, p.3).
Referências
ABRANTES, Maria Gracielly Lacerda; SOUSA, Robson Pequeno. Formação continuada e conectivismo: um estudo de caso referente às transformações da prática pedagógica no discurso do professor. In: SOUSA, Robson Pequeno et al. (Org.). Teorias e práticas em tecnologias educacionais [online]. Campina Grande: EDUEPB, 2016, p.195-222. Disponível em: . Acesso em: 16 set. 2016
ABRANTES, Maria Gracielly Lacerda; SOUSA, Robson Pequeno. Formação continuada e conectivismo: um estudo de caso referente às transformações da prática pedagógica no discurso do professor. In: SOUSA, Robson Pequeno et al. (Org.). Teorias e práticas em tecnologias educacionais [online]. Campina Grande: EDUEPB, 2016, p.195-222.
SIEMENS, George. Conectivismo: uma teoria da aprendizagem para a era digital. Disponível em: . Acesso em: 13 jul. 2020.
SIEMENS, George. Connectivism: learning theory or pastime of the self-amused? 12 nov. 2006. Disponível em: . Acesso em: 13 jul. 2020.
SIEMENS, George. Uma breve história do conectivismo. 2008. Disponível em: . Acesso em: 13 jul. 2020.
TEIXEIRA WITT, DIEGO ; CRISTINA MARTINI ROSTIROLA, SANDRA . Conectivismo Pedagógico: novas formas de ensinar e aprender no século XXI. Thema (Pelotas), v. 16, p. 1012-1025, 2020.
domingo, 29 de março de 2020
Resumo - Variação
Resumo: SADIE, Stanley. Mozart. Série The New Grove. Tradução de Ricardo Pinheiro Lopes. Porto Alegre, L&PM, 1988. (Assunto Variação da página 448).
Variação.
A variação acontece por várias repetições modificadas de um tema, sua forma é identificada por volta do século XVI, como técnica de um processo musical em que a repetição improvisada das tensões em diferentes formas ou tópicas é uma parte. Normalmente nos temas para variação é constituído entre 8 até 32 compassos, sendo uma melodia, uma linha de baixo, uma progressão harmônica ou um complexo com todos elementos.
Caso o tema seja breve para um ostinato, as repetições formam uma estrutura com novos motivos e texturas em cada afirmação do tema. Quando o tema apresenta de forma independente na forma de duas repetições, as repetições formam uma estrofe pois prevalece apenas alguns elementos e mudando outros, conhecido como “tema com variações”. Ao contrário de repetições sucessivas, as variações acontecessem isoladaente ou em grupos após a interveção do material inicial do tema a ser variado, o resultado pode ser chamado de “variações híbridas”.
Assim, o conjunto de variações podem se apresentar como peças independentes ou dependentes, na maioria das vezes para solo em piano, para combinações de orquestra de câmara, em movimentos de uma grande obra como uma sinfonia, em sonatas para pino ou quarteto de cordas. São baseadas num tema conhecido em que o esquema harmônico e melódico são bem reconhecidos ou sobre um tema “original” onde as variações ocorrem como um conjunto independente, em alguns casos a variação ocupa maior parte do movimento. Exemplo é o final da Nona Sinfonia de Beethoven ou o primeiro movimento do quarteto de Brahms em Cm op.60, segundo tema.
Introdução, transição entre variações e coda são as partes da variação, e surgem pela primeira vez no final do século XVIII, a variação sempre teve um problema relacionado a “imagem” do tema, por conta de sua fidelidade ao repetir, devido ao padrão de cadência em que limita o compositor e o ouvinte a processos de finalização mais claros e desenvolvimento mais complexos. Em segundo lugar, ainda no século XVIII, muitas variações foram compostas a partir da melodia do tema tornando os compositores como “meros ornamentadores” em que obscureciam os méritos da simplicidade do tema.
Entre 1790 e 1840 a variação obteve reação contra sua exibição vazia, surgindo variações compostas por modos virtuoso, sendo criticada por Momigny em 1818, em que denominou de “ muita fala, mas pouco sentido” sendo vistas como uma tática para rebaixar o formulário carente de conteúdo. As variações são comparadas nesta época, como um estilo irregular em oposição ao estilo arredondado e perióicco da oratória , como a forma sonata, por exemplo. É sintetizada como uma foma que os compositores repetem os temas, impulsiona uma variação é a relação com o tema, as ideias centrais são apresentadas como exibição, ornamento, fortalecimento de um tema por motivos e efeitos estéticos da repetição, ou eja, vem direto da arte retórica.
1- A Retórica da Variação
A ideia de variação surge pelos modos de exibição compartilhados, pela compreensão do poder persuasivo da repetição ornamentada. A relação entre retórica e variação é explicada por formas de conexões explicativas, modelos retóricos para compor uma variação, a ideia motívica de figuras e motvos como ferramentas flexíveis de analise nas variações. Para Abbé Vogler, 1793, as variações são definas como uma etórica musical em que apresenta em diversas formas, acontecendo mais na música do que na oratória.
Os modelos de variação surgem do ars praedicandi, a retórica medieval, perdurando no século XIX. A construção do sermão era por escolha de um tema, uma citação das escritura, esclarecida e ampliada por uma série de divisões, sendo que cada divisão poderia ser uma citação. Para Joseph Anfangsgründe zur musicalischen Setzkunst (1755), de Riepel, no segundo volume do livro, debatem como o aluno ao eleger que compositor é como um pregador das escrituras devendo se ater ao tema, já o professor sustenta que o desvio momentâneo do sermão fortalece o tema prevalecendo na memória.
No tratado do século XVI, divulgado por Erasmus ( De copia, 512), baseando-se em Quintilhiano pela capacidade de senvolver o mesmo discursso de formas diferentes, suas demonstrações incluem 150 variações de frase “ a carta que me agradou poderosamente” e 200 variações de “ lembrei de você enquanto eu viver”, exemplos de variações da primeira frase:
Sua epístola me emocionou intensamente.
Sua breve nota refrecou meu espírito em grande parte.
Suas páginas me geraram um prazer desconhecido.
Sua comunicaçãoo derramou frascos de alegria na minha cabeça.
Sua carta prontamente expulsou toda tristeza da minha mente.
Bom Deus, que grande alegria procedeu de sua epístola.
Posso perecer se alguma vez tiver encontrado algo em toda a minha vida mais agradável do que a sua carta.
Sobre as variações, Erasmus eccoou as premissas de retórica da antiguidade aos tratados do século defendendo que a tendência do discurso ser incompreensível é totalmente tolo e ofensivo sendo aprincial vantagem da obscuridade é aquela em que o falante evite a repetição literal.
As variações retóricas eram vistas como meios de polir estilos, na descrição de Cícero (Cícero, v:' Orator ', ed. e trad. H. M. Hubbell, Loeb Classical Library, 1939, xi.37 – xii.38). ao descrever e desenvolver a oratória, palavras inconscientes são acrescentadas lado a lado e as coisas contrastadas são emparelhdas, cláusulas são feitas para terminar da mesma maneira, como forma de possuir um polimento, as variações são denominadas como um passo final no treinamento de composição.
Brahms incentivou seu aluno , Gustav Jenner, a começar compor com variações. Contudo Aristóteles encontrou características de variação na retórica epidêmica: A dependência da amplificação, a preocupação com o sujeito atribuindo-lhe beleza, semelhança com a prosa como uma oratória a ser lida (Art of Rhetoric, I.ix.38-40; III.xii.6). Quintiliano revela a importância da prevalência do sujeito no discurso (instituto oratória, VIII, iv).
Assim ambos Gedanke e Ausdrunck oferecem maneiras variadas de colocar o mesmo assunto, concluindo que os números de variações são naturais e necessários mas não devem ser usados em excesso, para eles o números são usados para adornar a música. Teóricos do século XX, como como Burmeiser, seus colegas como Schering, Unger e Gurlitt fez a aplicação de figuras retóricas para se apresentar mais obscura e sóbria.
Nas variações de Erasmus, a figura variada pode ser vista como espécie de figura retórca, ou seja é abordado o mesmo assunto parecendo como algo novo, uma nova forma acrescida de argumentos comparativos, um contraste para exemplificar e uma conclusão para reafirmar o tema (IV, XIII, 54-XIiii, 56).
Para Ad Herennium a variação e vista como algo do discurso em que a palavra é substituída por seu sinônimo, outra palavra de mesmo significado.
Os tratados retóricos elisabeteanos revela a variação como um aspecto de persuasão, de convencimento do discurso, oferencendo outros modos de terminologia e novas ferramentas para analise das variações.
2. Terminologia.
A palavra variação, origina-se do adjetivo varius que denomina uso antigo não especializado a uma impressão de colorido em plantas e animais, em que o sentido colorido se denota por “indeterminado” ou “flutuante”. As comparações de variação com cores podem ser comparadas musicalmente com o uso do chromatismo, por Zarlino (Istituto harmoniche, 1558, 3/1573, p.100). Assim a associação de Varius com variação, é sustentada pelos primeiros conjuntos de variações do século XVI, pela característica de subdivisão do ritmo e alteração no compasso do tema, denominando um esquema em que a expressão é alterada (Quintilian, instituto oratória, IX.i.10-11, 13). Christoph Bernhard define variação como a alteração de um intervalo em que em vez de uma nota, várias notas mais curtas ocorrem para a nota principal em todas execuções.
Para Bernhard, Prinz, Praetorrius e Vog, a variação preenchimentos melódicos ou rítmicos usados para preencher um grande intervalo, podendo ser discutido o tratamento de dissonância.
O tratamento da dissonância nos valores de notas pequenas são discutidos no século XVIII por Fux (Gradus ad Parnassum, 1725, p.217) e Scheibe (Compendium musices theoryetico racticeum, ed.P. Benary em Die deutsche Kompositionslehre des 18. Jahrhunderts, 1961, p.62). A variação no século XVIII como obra de arte é discutido no século XVII e XVIII, como aproximação da natureza e como um prazer afirmado na música por Simpson, Heinichen, Mattheson e Daube.
Variar e variação se tornaram mais frequente durante o século 17 e 18, usada como fonte de prazer e aproximação da natureza, nessa época realizações figuradas no baixo foram percebidas como variação de um modelo mais simples.
Em Musical Dictionary, 1740, variação é conceituada como uma maneira de tocar ou cantar a mesma música subdividindo as notas em várias de menor valor, ou adicionando. No final do século XVIII, a variação continuou sendo tratada como uma técnica de improvisação ou de composição e os compositores raramente faziam distinções entre técnica e forma. No século XX, o termo variação aplica em diferentes processos, em Schoenberg variação variável refere-se uma remodelação de uma forma temática básica; Fred Lerdahl variação é a elaboração crescente e em ciclos a partir de um modelo simples, com estabilidade de eventos que são considerados o ponto de partida.
Referências
Referências
GerberNL
Grove6 (K. von Fischer and P. Griffith)
MGG1 (K. von Fischer)
MGG2 (K. von Fischer/S. Drees)
H. Viecenz: ‘Über die allgemeinen Grundlagen der Variation-Kunst, mit besonderer Berücksichtigung Mozarts’, Mozart Jb 1924, 185–232
R.U. Nelson: The Technique of Variation: a Study of the Instrumental Variation from Antonio de Cabezón to Max Reger (Berkeley and Los Angeles, 1948/R)
J. Müller-Blattau: Gestaltung-Umgestaltung: Studien zur Geschichte der musikalischen Variation (Stuttgart, 1950) K. von Fischer: Die Variation, Mw, xi (1956; Eng. trans., 1962)
N. Frye: ‘Wallace Stevens and the Variation Form’, Literary Theory and Structure: Essays in Honor
of William K. Wimsatt, ed. F. Brady, J. Palmer and M. Price (New Haven, CT, 1973), 395–414
H. Weber: ‘Varietas, variatio / Variation, Variante’ (1986), HMT H.R. Picard: ‘Die Variation als kompositorisches Prinzip in der Literatur’, Musik und Literatur: komparatistische Studien zur Strukturverwandtschaft, ed. A. Gier and G.W. Gruber (Frankfurt, 1995, 2/1997), 35–60
D. Hörnel: ‘A Multi-Scale Neural-Network Model for Learning and Reproducing Chorale Variations’,Melodic Similarity: Concepts, Procedures, and Applications, ed. W.B. Hewlett and E. Selfridge-Field (Cambridge, MA, and London, 1998), 141–57
terça-feira, 24 de março de 2020
Fundamentos da Composição Musical
SCHOENBERG, Arnold. Fundamentos da composição musical. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1996. Resumo até a página 121.
Para Shoenberg o conceito de forma na música, significa que a mesma dispõe de uma organização em que se encontra uma lógica ou coerência, a divisão facilita identificar a forma, Schoenberg aconselha iniciar a habilidade da composição bem como o domínio das formas, por blocos musicais fazendo conexões entre eles, verificando a lógica, coerência e compreensão.
A frase é a menor unidade musical, compreendida como aquilo que se pode dizer com apenas um fôlego onde o final sugere uma pontuação, tal como a vírgula. A ideia melódica compreende uma sucessão de notas compreendidas por um acorde e o acréscimo e notas contribuem para coerência e formação da frase, o ritmo molda a frase. O final da frase normalmente é diferenciado para dar molde e pontuação como a redução rítmica, relaxamento melódico, intervalos menores e menor número de notas. Não há razão para que a frase se situe metricamente por compassos, mas as irregularidades são consideradas importantes.
O motivo é intervalar e rítmico e produz harmonia inerente, considerado um “germe” da ideia, é repetido podendo ser variado, qualquer sucessão de notas e rítmica pode ser usado como motivo, não precisando necessariamente conter grande diversidade de intervalos, cada traço de motivo ou frase, deve ser considerado motivo, repetido com ou sem variação. No motivo de repetição literal é preservado os elementos e relações internas, se valendo de Transposições a diferentes graus, inversões, retrógrados, diminuições e aumentações, preservam os traços das relações intervalares. As repetições modificadas variam produzindo um novo material.
As formas e motivos conectam, a harmonia move-se mais lentamente que outro aspectos na formação da frase/motivo, uma melodia equilibrada atinge o ponto culminante ap´s varias sucessões de ondas ( elevação - movimento ascendente e depressão - movimento descendente).
A constituição de frases podem ser usadas como uma construção ou continuação de um tema .
A ideia musical ou tema está disposta na forma de período ou sentença, geralmente é centrado ao redor de uma tônica com um final bem definido, a distinção entre período ou sentença está no tratamento da segunda frase.
A sentença inicia ao apresentar um motivo básico, a continuação é a repetição da frase exata ou uma repetição transposta, sendo a harmonia um elemento de contraste enquanto os outros se mantêm. Pode ocorrer normalmente com 2 compassos como apresentação e mais dois compassos como repetição exata ou transposta. (antecedente - A, A’).
A forma antecedente do período difere da sentença por adiar a repetição, a estrutura do período utilizada determina sua continuação a primeira frase é unida na forma x motivo mais contrastante, e a frase consequente é construída como uma espécie de repetição que termina normalmente no I, V ou III. ( Antecedente - A, B).
A frase consequente do período é uma repetição modificada ou variada do antecedente, em que ao permanecer os elementos rítmicos permite mudanças no perfil melódico, podendo ser finalizada por uma cadência autêntica perfeita, a variação harmônica pode acontecer desde o início do primeiro compasso da frase consequente. A melodia é construída sob um perfil cadencial, ocorre o uso de notas curtas, por exemplo.
A sentença afirma uma ideia e inicia uma espécie de desenvolvimento, pois a continuação da antecedente, a consequente, requer um desenvolvimento mais apurado requerendo uma liquidação ou condensação - frases de dois compassos são reduzidas em um compasso, o final de uma sentença requer o mesmo tratamento que o período, terminando em I, III, ou V.
O acompanhamento atua como complemento da melodia contribui para melhor resultado sonoro por e estabelecer um movimento unificador e satisfazer às necessidades ao explorar recursos instrumentais. O tema inicial é frequentemente desacompanhado, e o acompanhamento deve estar organizado em formas de motivo.
O acompanhamento a maneira coral, é encontrado para música de coral na música coral homofônica ocorre apenas variação das alturas , acompanha ritmo e condução melódica. A figuração é um tipo de acompanhamento que pode decorrer por arpejo, apogiaturas ou síncopes, entre outros. O acompanhamento por contraponto trata e ornamenta vozes secundárias da harmonia.
O baixo precisa ser tratado como acompanhamento da melodia, movendo no âmbito da tessitura possuindo um grau de continuidade, não sendo um contracanto deve ser usado inversões.
O tratamento do motivo de acompanhamento, precisa ser mantido por um número de compassos ou frase podendo variar mas não desaparecer por completo, sendo modificado nas cadências ou nos finais das frases.
A expressão decorre de muitos compositores que fizeram associações emotivas à música como o humor, a tristeza, entre outros. Já o caráter refere a maneira que a música deve ser executada ele é imprescindível para definir característica de um estilo ao outro o acompanhamento é um aliado ao caráter, este imprescindível para definir característica de um estilo ao outro. A indicação de andamento também é um elemento para contribuição da efetividade do caráter e as mudanças de caráter dentro de um mesmo movimento, são mais importantes pois toda boa música adquire idéias conflitantes sendo o pensamento musical sujeito a dialética e reage a qualquer outro pensamento.
Melodia e Tema “ A concentração da idéia principal em uma simples linha melódica requer um tipo especial de equilíbrio e organização, que só parcialmente pode ser explicado em termos de técnica.” p.125.
Na melodia vocal a voz determina aquilo que deve ser entoado, nela o movimento ondulatório progride por graus e por salto, evitando intervalos aumentados e diminutos, adere à tonalidade e regiões vizinhas, os registros das vozes diferem em timbre, dando cor. O cromatismo apresenta dificuldades pois a sensibilidade difere dos tons naturais no sistema temperado.
As ilustrações da literatura contradiz as limitações à melodia, nas obras dos compositores pós wagnerianos a voz nem sempre está na melodia principal, com o passar do tempo os critérios modificam.
Melodia Instrumental, está ligada às limitações de vários instrumentos, o que não limita ser cantada pois há muitas passagens que podem ser entoadas, podendo ser classificadas como tema.
Aline Mendonça
sexta-feira, 20 de março de 2020
CONCEPÇÕES DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM: SUPERANDO A BUROCRACIA CURRICULAR
CONCEPÇÕES DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM: SUPERANDO A BUROCRACIA CURRICULAR
Disponível em periódicos da UFPE.
MLSS
WMBM
O currículo é pensado como um conjunto de disciplinas, sendo o currículo oculto que se manifesta pela relação de poder em sala de aula o qual compreende o que está em torno do aprendizado. Os saberes básicos como ler, escrever, contar não são suficientes à formação do indivíduo, como a compreensão das relações de poderes. A formação curricular envolve relações sociais, determinantes para o processo de aprendizagem em sala de aula. “[...] seja, o currículo formal deve ser continuamente transformado, em um Currículo Real, por meio de planejamentos (bimestrais, anuais) e planos de aula, que possam vir a se constituir em ação didática.” “[...] as diferentes concepções de rendizagem que fundamentam o processo de ensino e como interferem no currículo [...] as diferentes formas de trabalhar o currículo possibilitam a formação de diferentes sujeitos, preparados para diferentes formas de inserção social[...]”. “Trata-se da educação com objetivos para além da formação de indivíduos aptos ao trabalho, que leve em consideração o conhecimento científico historicamente elaborado e a práxis social que o aluno vivencia.[...]” “[...] Como os objetivos pedagógicos restringem-se à memorização, dificilmente o aluno a ultrapassa, redundando em uma aprendizagem mecanizada e repetitiva.[...]” Sendo o conhecimento resultado da experiência, o homem é produto do meio. A escola estando inserida no ambiente de mercado de trabalho torna-se produtora dessa demanda como base, sendo assim cada escola possui seu próprio currículo, entretanto o processo educativo passa possuir relação bijetora em que aluno e professor se modificam em relação ao meio como resultado da aprendizagem.
Na concepção tradicional o aluno é considerado uma página em branco onde o conteúdo deve ser memorizado e armazenado.
A concepção comportamentalista se restringe ao empirismo, onde a experiência produz conhecimento e o educar é resultante de reforços entre acertos e erros. A abordagem da tarefa dissociada de seus fundamentos desloca do objetivo da aprendizagem e o aluno fica dependente da condução do professor ao resultado.
A concepção humanista dá ênfase a relações, centrando na personalidade do indivíduo e na sua capacidade de integrar, sendo o professor facilitador da aprendizagem do aluno e os conteúdos passa vir de modo secundário “[...] concepção humanista peca por não considerar o saber científico, acumulado ao longo da evolução humana, como fundamental.
para o desenvolvimento educativo do aluno. Peca ainda, por não considerar o movimento da história e suas contradições, fazendo com que a escola deixe de mesclar os conhecimentos científico e humano, fato que contribuiria na formação de indivíduos capazes de enxergar os problemas e possíveis soluções sociais, além dos limites do cotidiano. [....]”Na concepção cognitivista, considera surgimento da aprendizagem como a relação dos resultados de estímulos entre o sujeito (cognoscível) e o objeto cognoscente, sendo a interação imprescindível ao processo, sendo o aprendizado dependente de uma prática pedagógica adequada, o aluno passa por etapas de construção do conhecimento por meio de desafios lançados pelo professor, as novas informações se readaptam as já possuídas, pois o conhecimento é ligado a algo que o aluno possa vivenciar.
A concepção histórico-crítica “[...] Objetiva-se uma Educação que ultrapasse a formação dos conceitos, levando o aluno a refletir sobre seu papel na sociedade, dentro da sala de aula, para que ele possa nessa relação teoria e prática encontrar novas maneira de atuar no contexto em que vive. Uma Educação que tenha a intenção de criar no aluno uma atitude crítica quanto às relações sociais nas quais se insere.[...]” o professor trabalha os conhecimentos científicos articulados à sociedade, por meio de mediação dialética, compreendida por referência a diferença, a heterogeneidade, a repulsão e o desequilíbrio entre seus termos: o saber imediato e o saber mediato. “[...] um trabalho pedagógico na perspectiva da mediação dialética que favorece o interesse do aluno, na medida em que ele percebe que seu conhecimento não é suficiente e esclarecedor ao ser posto à frente desse novo conceito.[...] O processo de síntese ocorre pela contradição tanto entre as próprias partes, quanto entre essas partes e o todo.[...]”
“[...] É na sistematização da vivência cotidiana reflexiva e crítica que se revela no planejamento de aulas e se materializa no dia a dia da sala de aula que a práxis se consubstancia e se revê apoiada pelos fundamentos teóricos da ação docente, objetivando uma educação de qualidade e intencional.” o professor tem o papel na aprendizagem e na transformação social.
Fichamento AMP
quinta-feira, 19 de março de 2020
A importância da alfabetização nos anos iniciais
A IMPORTÂNCIA DA ALFABETIZAÇÃO NOS ANOS INICIAIS
IMM SOARES
Disponível em monografias da UFRN
Alfabetização é a capacidade do indivíduo codificar e decodificar que resulta na habilidade de leitura, interpretação e aquisição do conhecimento, sendo assim a alfabetização ocorre em meios de interação social, onde a criança assimila processos de inserção do ambiente que se insere de suas práticas sociais…”.[...] A criança ao iniciar a escrita, basicamente o processo de alfabetização ela sente dificuldade em assimilar instantaneamente, pois irá confundir-se, fazer junções repetitivas de palavras, muitas vezes faltando letras, ao longo do processo ela terá condições de associar a pronuncia das palavras ao significado deste modo simultaneamente a criança desenvolverá a escrita de maneira peculiar expressando a ideias de forma significativa. Pois a escrita é a forma real do pensamento humano e faz parte da alfabetização.”[...] para Ferreiro a criança antes de ser inserida na educação formal a criança tenta interpretar, decodificar e ler o que está a sua volta do seu jeito, o chamado de conhecimento prévio. “[...] a criança tem acesso a esses mecanismos e desenvolve suas habilidades de leitura e escrita associando a compreensão e interpretação do meio em que está inserida, como sujeito transformador da sua própria realidade [...]” A diferença entre alfabetização e letramento : “[...] pessoa letrada é aquela que faz uso no seu cotidiano que envolve a leitura e escrita, e a pessoa alfabetizada adquiriu fielmente o conhecimento sistemático no contexto escolar.[...]”
Para minimizar as dificuldade da alfabetização é necessário identificar as etapas que a criança se encontra no processo, conhecer o processo de assimilação da leitura e da escrita. “[...] conhecimento da escrita acontece gradativamente pois a criança terá condições de associar palavras a imagens que serão incorporadas no cotidiano das práticas sociais. Uma das preocupações atualmente são as avaliações na alfabetização pois elas contribuem para verificar o nível de aprendizagem dos discentes, procurando informações precisas com diagnóstico a fim de conhecer a realidade dos discentes [...]”
Na pesquisa de campo a Escola Municipal Francisco Pereira Mattos proporcionou concluir perfil do professor na etapa da turma de primeiro ano, em que os educadores afirmam que a alfabetização ocorre quando a criança se apropria de símbolos como letras, palavras, números e outros, citam que a dificuldade encontrada na alfabetização está na limitação precária do meio social em que a criança se dispõe. Um outro pormenor é a falta do estímulo familiar, onde o entendimento é que a criança precisa ir à escola por cumprimento legislativo, apenas. Ou quando a família possui necessidades precária à educação, condições de formação familiar em situações de violência ou desestruturada.
“[...] É importante como o educador encaminha, direciona as atividades para os alunos. Ele é um condutor do saber auxiliando a elevar o nível de desenvolvimento das habilidades e a busca por recursos, materiais diversificados faz toda a diferença na alfabetização.[...]”
“[...] avaliação dessa natureza permite a construção de um diagnóstico do sistema de ensino, revelando os saberes construídos pelos alunos em diversos momentos do seu percurso escolar. A avaliação é um instrumento importante e se faz necessária para verificar o nível de aprendizagem dos alunos naquele corrente ano, como também tem por finalidade detectar os fatores que contribuem negativamente e positivamente.[...]”
“[...] compreende-se que a alfabetização acontece no ambiente escolar de acordo com as aptidões e meios que a criança está inserida, isto é que nem todas as crianças tem acesso ou não consegue se alfabetizarem no tempo adequado necessitando serem estingadas e estimuladas diariamente.”
Quanto ao papel da escola, considera que a escola deve proporcionar ambiente de aprendizagem, cabendo obter consciência da importância da alfabetização e do letramento deste modo “[...] o educando terá condições frente as práticas sociais, mudar suas concepções atitudes, ser autônomo e responsável por sua própria transformação de forma consciente.”
As múltiplas atividades proporcionadas dentro e fora da escola, cabe ao professor conhecer os níveis de aprendizagem a fim de obter sucesso na diversidade dos estímulos de aprendizagem por meio das múltiplas atividades “[...] a maneira de ensinar que a criança apropria-se do conhecimento e isso implica na maneira de aprender o ensinar e o aprender caminham lado a lado. Aprender a ser, a ver as coisas da sua maneira contribui para a autonomia da criança, onde deve ser levado em consideração o pensamento, a forma de agir, opinar, questionar de como interpreta e compreende tudo ao seu redor.”
“[...] Cabe a instituição educativa repensar, reavaliar os seus métodos enfim a forma de como a criança aprende melhor buscando meios e possibilitando a sua efetivação de forma prazerosa, que envolve o educando ampliando a sua capacidade em aprender a conviver com as diferenças de forma harmoniosa.” [...] interpretando as diversas situações com responsabilidade e compromisso a maneira de agir fará toda diferença para a sua evolução como ser humano, cidadão autônomo de seus direitos e deveres na sociedade.”
Nos limites e as possibilidades da educação escolar se conceitua em formar conscientemente valores e caráter por meio de fornecimento de qualidade do ensino, “[...] de renovar-se a cada dia buscando inovar seus métodos, currículo, as formas de como avaliar, como também acompanhar as tendências tecnológicas que estão inseridas no contexto atual.”
“ [...] aprendizagem está relacionada ao que se deseja alcançar, as inquietações e as dúvidas vão projetar novos caminhos. As descobertas ao observar o processo de ensino aprendizagem nos depara-se com a sua evolução, dificuldades e transformação em que o educador deve ter consciência de sua inclusão de maneira responsável na vida escolar do educando [...]”
terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
Introdução e Capítulo I do Livro teorias da Aprendizagem
Fichamento e resumo: MOREIRA, Marco A. Teorias de Aprendizagem. São Paulo:Edtitora Pedagógica e Universitária, 1999.
Introdução
Teorias da aprendizagem
Introdução
Para Moreira (1999), organizadores prévios é o nome associado a aprendizagem significativa, sendo a estratégia para manipular a estrutura cognitiva do educando e facilitatora de aprendizagem significativa, considerando que são materiais introdutórios antes do material de aprendizagem, detinado a facilitar a aprendizagem, possuindo um efeito pequeno, e ineficaz quando ocorre ausencia de pre disposição ao aprendizaddo.
Teorias da aprendizagem
É uma área de conhecimento que determina a aprendizagem por explicar sua funcionalidade, outrora chamada de estímulo, sendo tratada como construtivista. Alguns efeitos são diagnosticados como aprendizagem: condicionamento, aquisição de informação, mudança de comportamento estável, uso de conhecimentos na resolução de problemas, construção de novos significados, entre outros, existindo aprendizagem cognitiva, afetiva e psicomotora. A aprendizagem cognitiva está focalizada na cognição, aprendizagem afetiva nas experiencias como prazer, dor, satisfação ou descontentamento, a aprendizagem psicomotora se ocupa nas respostas musculares.
Filosofias
É representada por três filosofias: comportamentalista, humanista e cognitivista.
Comportamentalismo
Encontrado pela observação comportamental resultante das respostas dadas aos estímulos, estando também após a emissão das respostas como consequência, sendo esta resultante do aumento do estímulo, do contrário a consequência diminuirá, sendo controlável após eve posteriores a exibição do comportamento, como aquilo que o aluno é capaz de executar, em quanto tempo e sob quais condições.
Cognitivismo
Enfatiza o que o cognitivismo aberto é o ato de como o ser humano conhece o mundo, sendo processos mentais atribuídos de significados pela compreensão, transformação, armazenamento e uso da informação, sendo a cognição uma construção, chegando ao construtivismo nos anos 80. O construtivismo é cognitivista pois o aluno não é visto como agente de construção de sua própria estrutura cognitivista.
Humanismo
No humanismo o aluno é visto como um todo, como um ser que pensa, ente e age.
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Cap I
Teorias Behavoristas Antigas
São tentativas de interpretar sistematicamente, organizar, fazer previsões sobre o conhecimento relativo à aprendizagem, sendo a teoria da aprendizagem uma construção humana que representa novos esforços para interpretar a área do conhecimento, chamada aprendizagem.
Teorias Conexionistas (estímulo e resposta)
As teorias conexionistas tratam a aprendizagem como conexão entre estímulos e respostas, todas as respostas são condicionadas por estímulos recebidos. A teoria cognitivista trata como indivíduo cognoscente processa, compreende e dá significados à informação. .
O Behavorismo de Watson
Acredita que o comportamento precede de estímulos e sucede em consequência, focaliza estímulos por condicionamento, chamado de aprendizagem sinal. Para Watson a ocorrência da resposta incondicionada por comportamento resulta em movimento muscular, sendo que estímulos e respostas ocorrem juntos e a continuidade sozinha destes, é suficiente para uma aprendizagem.
O princípio da frequência significa que quanto mais associamos uma resposta a um estímulo, mais provavelmente associamos outra vez.
As emoções são dadas por respostas condicionadas e incondicionadas, o conhecimento é obtido pelo processo de aprender e dar continuidade apropriada.
A teoria da Contiguidade de Guthrie
Para Guthrie, se uma resposta acompanha um estímulo, tenderá acompanhá-la outra vez tornando um hábito, sendo a prática necessária para fazer novas conexões, sendo proposto três técnicas para transformar resposta indesejáveis em desejáveis:
1 método da fadiga - o sinal é repetido ate que a resposta canse e repete até que nova resposta seja dada.
2 método dos limites - o estímulo é introduzido repetidamente até ser retirado num grau fraco que não obtenha resposta, ou seja, é dado uma resposta coerente ao estímulo que não será suprimido.
3 método do estímulo incompatível- o estímulo acontece quando não se pode dar respotas, surgindo diferentes respostas até que seja obtido uma resposta desejada.
A teoria de Guthrie é baseada na interferência e a extinção de respostas acontecem por aprendizagem de uma resposta incompatível onde o esquecimento é tratado como uma interferência entre velhas e novas aprendizagens.
O conexionismo ( associacionismo) de Thorndikke
Para Thorndike a aprendizagem surge por estímulo e resposta assume a forma de conexões neurais que se fortalecem por meio do uso e desuso.
1 Lei do efeito - acontece quando a conexão é seguida de consequência satisfatória quando fortalecida e enfraquecida por estado irritante em que provavelmente a resposta não subsistirá - esforço positivo e negativo.
2 Lei do exercício - o fortalecimento é considerado um aumento da probabilidade e ocorre por meio de resposta quando a situação se repetir.
3 Lei da prontidão - quando a tendencia para a ação é despertada por ajustamentos preparatório, a concretização da tendência é satisfatória e sua não concretização é irritante.
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A Teoria Formal de Hull
Baseia-se no organismo entre o estímulo e a resposta, postula variáveis simbólicas, para ver se essas interferências estão ligadas a variáveis de entrada e saída .
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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020
PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO E DESENVOLVIMENTO MENTAL DO INDIVIDUO
Fichamento Artigo: DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM
PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO E DESENVOLVIMENTO MENTAL DO INDIVIDUO
Maria Sebastiana Gomes Mota
Francisca Elisa de Lima Pereira
INTRODUÇÃO
[...] A tarefa da escola é de levar o aluno a ser mais critico, mais compromissado e mais otimista em relação à aprendizagem. Suas responsabilidades atuais são bem maiores. Além de instrumento de formação física, intelectual e moral, cabe-lhe a missão de promover a integração harmoniosa do educando no seio da comunidade, fornecendo-lhe todos os elementos para que se possa tornar um fator de progresso individual e social, sendo a aprendizagem, um processo de assimilação de determinados conhecimentos e modos de ação física e mental, organizados e orientados no processo ensino aprendizagem.
Processo de Construção do Conhecimento e Desenvolvimento Mental do Indivíduo
[...] O desenvolvimento geral do individuo resulta de suas potencialidades genéticas e, sobretudo, das habilidades aprendidas durante as várias fases da vida. A aprendizagem está diretamente relacionada com o desenvolvimento cognitivo que permite ao sujeito compreender melhor as coisas que estão à sua volta, seus companheiros, a natureza e a si mesmo, capacitando-o a ajustar-se ao seu ambiente físico e social.
A teoria da instrução de Jerome Bruner (1991), [...] Considera a aprendizagem como um processo interno, mediado cognitivamente, mais do que como um produto direto do ambiente, de fatores externos ao aprendiz. Apresenta-se como o principal defensor do método de aprendizagem por descoberta (insight),considera a existência de estágios durante o desenvolvimento cognitivo e propõe explicações similares às de Piaget, quanto ao processo de aprendizagem. Atribui importância ao modo como o material a ser aprendido é disposto, assim como Gestalt, valorizando o conceito de estrutura e arranjos de idéias. “Aproveitar o potencial que o indivíduo traz e valorizar a curiosidade natural da criança são princípios que devem ser observados pelo educador” (BRUNER, 1991, p. 122).
[...] as experiências e vivências que o aluno traz consigo favorecem novas aprendizagens. Bruner chama a atenção para o fato de que as matérias ou disciplinas tais como estão organizadas nos currículos, constituem-se muitas vezes divisões artificiais do saber. Por isso, várias disciplinas possuem princípios comuns sem que os alunos – e algumas vezes os próprios professores – analisem tal fato, tornando o ensino uma repetição sem sentido, em que apenas respondem a comandos arbitrários, Bruner propõe o ensino pela descoberta. O método da descoberta não só ensina a criança a resolver problemas da vida prática, como também garante a ela uma compreensão da estrutura fundamental do conhecimento, possibilitando assim economia no uso da memória, e a transferência da aprendizagem no sentido mais amplo e total.
Segundo Bock (2001), a preocupação de Bruner é que para que se garanta uma aprendizagem correta, o ensino deverá assegurar a aquisição e permanência do aprendido (memorização), de forma a facilitar a aprendizagem subseqüente (transferência). Este é um método não estruturado, portanto o professor deve estar preparado para lidar com perguntas e situações diversas, necessitando saber esperar que os alunos cheguem à descoberta, sem apressa-los, mas garantindo a execução de um programa mínimo. Deve também ter cuidado para não promover um clima competitivo que gere, ansiedade e impeça alguns alunos de aprender.
O modelo de ensino e aprendizagem de David P. Ausubel (1980) a aprendizagem significa organização e integração do material aprendido na estrutura cognitiva, estrutura esta na qual essa organização e integração se processam. [...] na psicologia cognitiva, a aprendizagem é uma mudança que se preocupa com o eu interior ao passar de um estado inicial a um estado final. Implica normalmente uma interação do individuo com o meio, captando e processando os estímulos selecionados, sendo o ato de ensinar uma compreensão do espaço do professor na sala de aula ou às atividades desenvolvidas pelos alunos. Tanto o professor quanto o aluno e a escola encontram-se em contextos mais globais que interferem no processo educativo e precisam ser levados em consideração na elaboração e execução do ensino, assim ensinar algo a alguém requer uma visão de mundo (incluídos aqui os conteúdos da aprendizagem) e planejamento das ações (entendido como um processo de racionalização do ensino).
O meio escolar se reduz ao processo através do qual são definidos os objetivos, o conteúdo programático, os procedimentos de ensino, os recursos didáticos, a sistemática de avaliação da aprendizagem, bem como a bibliografia básica a ser consultada no decorrer de um curso, série ou disciplina de estudo. Com efeito, este é o padrão de planejamento adotado pela maioria dos professores e que passou a ser valorizado apenas em sua dimensão técnica [...] e a aprendizagem está ligado a este contexto e ao modo de cultura que orienta um modelo de homem e de mulher que pretendemos formar, para responder aos desafios desta sociedade. Por esta razão, pensamos que é de fundamental importância que os professores saibam que tipo de ser humano pretendem formar para esta sociedade, pois disto depende, em grande parte, as escolhas que fazemos pelos conteúdos que ensinamos, pela metodologia que optamos e pelas atitudes que assumimos diante dos alunos. De certo modo esta visão limitada ou potencializada o processo ensino-aprendizagem não depende das políticas públicas em curso, mas do projeto de formação cultural que possui o corpo docente e seu compromisso com objeto de estudo.[...]
[...] as idéias básicas de Piaget (l969, p.14) sobre o desenvolvimento mental e sobre o processo de construção do conhecimento, que são adaptação, assimilação e acomodação. Piaget diz que o individuo está constantemente interagindo com o meio ambiente. Dessa interação resulta uma mudança contínua, que chamamos de adaptação. Com sentido análogo ao da Biologia, emprega a palavra adaptação para designar o processo que ocasiona uma mudança contínua no indivíduo, decorrente de sua constante interação com o meio.
[...] A assimilação está relacionada à apropriação de conhecimentos e habilidade. O processo de assimilação é um dos conceitos fundamentais da teoria da instrução e do ensino. Permite-nos entender que o ato de aprender é um ato de conhecimento pelo qual assimilamos mentalmente os fatos, fenômenos e relações do mundo, da natureza e da sociedade, através do estudo das matérias de ensino. Nesse sentido, podemos dizer que a aprendizagem é uma relação cognitiva entre o sujeito e os objetos de conhecimento.
A acomodação é que ajuda na reorganização e na modificação dos esquemas assimilatórios anteriores do indivíduo para ajustá-los a cada nova experiência, acomodando-as às estruturas mentais já existentes. Portanto, a adaptação é o equilíbrio entre assimilação e acomodação, e acarreta uma mudança no indivíduo.
A inteligência desempenha uma função adaptativa, pois é através dela que o indivíduo coleta as informações do meio e as reorganiza, de forma a compreender melhor a realidade em que vive, nela agi, transformando. Para Piaget (1969, p.38), a inteligência é adaptação na sua forma mais elevada, isto é, o desenvolvimento mental, em sua organização progressiva, é uma forma de adaptação sempre mais precisa à realidade. É preciso ter sempre em mente que Piaget usa a palavra adaptação no sentido em que é usado pela Biologia, ou seja, uma modificação que ocorre no indivíduo em decorrência de sua interação com o meio.
Portanto, é no processo de construção do conhecimento e na aquisição de saberes que devemos fazer com que o aluno da EJA seja motivado a desenvolver sua aprendizagem e ao mesmo tempo superar as dificuldades que sentem em assimilar o conhecimento adquirido.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
[...] a relação entre ensino e aprendizagem é uma relação recíproca na qual se destacam o papel dirigente do professor e a atividade dos alunos. O ensino visa estimular, dirigir, incentivar, impulsionar o processo de aprendizagem dos alunos, pois tem um caráter eminentemente pedagógico, ou seja, o de dar um rumo definido para o processo educacional que se realiza no ambiente escolar.
A aprendizagem é a assimilação ativa de conhecimentos e de operações mentais, é a criação de uma forma de conhecimento humano – relação cognitiva entre aluno e matéria de estudo – desenvolvendo-se sob as condições específicas do processo de ensino. O ensino não existe por si mesmo, mas na relação com a aprendizagem.
Assim sendo, a aprendizagem tem um vínculo direto com o meio social que circunscreve não só as condições de vida do individuo mas também a sua relação com o ambiente escolar e o estudo, sua percepção e compreensão das matérias. [...]
Referências Bibliográficas
AUSUBEL, D. e NOVAK, A. Psicologia educacional. 3a ed. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.
BOCK, A.; al. Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia. 7a ed. São Paulo: Saraiva, 2001.
BRAGHIROLLI, E. et al. Psicologia Geral. 16a ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
BRUNER, J. O Processo da educação Geral. 2a ed. São Paulo: Nacional, 1991.
LOPES, Antonia Osima. Planejamento do ensino numa perspectiva de educação. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Repensando a didática, 16a. Ed. Campinas: Papirus, 2000. P.158
PIAGET, J. O nascimento do raciocínio na criança. 5a. Ed. São Paulo: El Ateneo, 1993.
Aline Mendonça
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020
O ALUNO PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ENSINO MÉDIO: AS RELAÇÕES ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA
Fichamento:
Autores:
Jéssica Harume Dias Mutoi
Juliane Ap. de Paula Perez Camposii
Eleonice Máximo e Meloi
Artigo: O ALUNO PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ENSINO MÉDIO:
AS RELAÇÕES ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA
[...] para melhoria do acesso ao público de educação especial é necessário melhorias, e o movimento tem como objetivo o acesso, permanência e qualidade, onde ao longo da história as pessoas com deficiência eram escolarizadas na escola.
[...] a pessoa com deficiência carrega em sua trajetória uma descriminalização em decorrência de fatores sócio-político-econômico. Durante séculos ocorreram poucas iniciativas de atendimento educacional ao PAEE, que muitas vezes eram restritas a atendimentos isoladas.[...]
A educação como um todo ganha um marco importante em 1988, com a promulgação da Constituição Brasileira na qual atribui-se ao Governo a responsabilidade por garantir o acesso de todos ao ensino, o que antes não acontecia. Segundo Mendes (2010), mesmo que constando no âmbito legislativo, ainda na década de noventa muitas das crianças com deficiências não estavam na escola. Nesse panorama, inclui-se também às pessoas com deficiência no ensino regular (BRASIL, 1988).[...]A evasão escolar é discutida no estudo de Souza et al. (2011) que trazem duas vertentes da evasão: os fatores externos, considerados aqueles relacionados principalmente com a desigualdade social, como a necessidade de trabalhar para ajudar a família, o ingresso na criminalidade e violência e os problemas familiares; e os fatores internos, aqueles ligados diretamente à escola, ou seja, a gestão escolar, os alunos, os professores, a comunicação dentro dessa comunidade e as políticas de governo que norteiam a educação básica podem estar relacionadas diretamente à evasão escolar dos alunos.[...]
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Método
Por meio da abordagem qualitativa, foi escolhida uma instituição de ensino do município em que haviam o maior número de matrículas de alunos PAEE no ensino médio. A pesquisadora entrou em contato com o coordenador pedagógico do ensino médio dessa instituição convidando-o a participar da pesquisa; autorizado, foi solicitado que a instituição entrasse em contato com os familiares de alunos PAEE matriculados no ensino médio.[...]
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[...] Foram categorizados em: a) Inclusão: apresenta qual a visão da família diante da inclusão de seu filho em uma instituição de ensino regular, buscando compreender o que a família entende e se ela é favorável à esse processo inclusivo; b) Alunos público alvo da educação especial na escola regular: traz questões relacionadas ao aluno estar matriculado em uma instituição de ensino regular, ou seja, se o ensino alcança à demanda do aluno diante da visão familiar, se há um atendimento da educação especial e como é a relação com os profissionais da escola; c) Família e escola: busca compreender se há contato da família do aluno PAEE com a equipe escolar, como e com qual frequência se dá esse contato; a compreensão da família sobre o aprendizado do seu filho e a metodologia de ensino utilizada; e como esse se comporta dentro do ambiente Famíliar e escolar; e d) Aluno público alvo da educação especial no Ensino Médio: busca conhecer qual a perspectivia da família diante do aluno PAEE estar matriculado no ensino médio e quais as expectativas após o término desse módulo de ensino.
Resultados e discussão
[...] Das quatro mães, apenas uma relatou não saber o que era inclusão, e diante disso não foi possível responder as questões desse eixo temático.[...]
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[...] Contudo, 50% dos participantes afirmaram constatar significantes progressos na aprendizagem de seus filhos, pois a letra melhorou e adquiriu a leitura; P3 ressalta ainda que os materiais adaptados fornecidos pela escola para a aluna com baixa visão foram fundamentais para o seu desenvolvimento escolar.[...]
Alunos público alvo da educação especial na escola regular [...] Pressupõe-se que essa falta de inclusão escolar pode ocorrer devido à dificuldade do professor em lidar com o aluno PAEE na sala regular de ensino; pela falta de formação e informação desse professor (GUADAGNINI; DUARTE, 2013); [...] Assim, o ensino tradicional massificante deve ser substituído por um ensino que atenda à diversidade (FIGUEIREDO, 2008).[...] Há uma necessidade no conhecimento prévio sobre todos os alunos PAEE durante a formação acadêmica, e conforme a demanda da prática, é necessário que esse professor aperfeiçoe seus conhecimentos acerca de estratégias e metodologias de ensino e sobre especificidades do desenvolvimento de seu aluno PAEE.[...]
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Diante disso, é questionável a importância da relação família-escola como meio de conhecimento dos atendimentos do aluno PAEE, seus direitos e desenvolvimento escolar. No ensino público há uma fragilidade nessa inter-relação advindo de um contexto social histórico, pois a família não tem a cultura de exigir uma educação de qualidade, confundido-a com a vaga na escola, com o transporte escolar, com o uniforme e a merenda escolar, e a escola se vê como um local onde há profissionais da educação que recebem formação sobre os direitos e deveres de uma instituição de ensino básico o qual deve promover metas educacionais, o acesso ao projeto pedagógico, e o papel que a família tem na educação de uma criança ou adolescente (CASTRO; REGATTIERI, 2009).[...]
Família e escola [...] A escola é um ambiente com a função de promover a aquisição de ciência e instrumentos que possibilitem esse conhecimento avançado (OLIVEIRA; BISINOTO; MARINHO-ARAUJO, 2010). Já o contexto familiar constitui-se como o primeiro ambiente de relações sociais de um indivíduo, onde se proporciona o crescimento e o desenvolvimento (SILVA; DESSEN, 2001). Os pais de alunos PAE, diante do diagnóstico, muitas vezes se deparam com um luto por seu filho não corresponder àquele idealizado, de forma a só enxergar seu filho como um ser incapaz de se desenvolver. Neste sentido, o despreparo do médico para informar aos pais sobre o diagnótisco da criança e a ressalva nos aspectos de déficits, traz inúmeras consequências no estímulo social que essa criança necessita para se desenvolver. Como demostrado na fala da P4, quando diz não se preocupar com a aprendizagem de seu filho, influenciada pela fala médica. Diante dessa falta de preparo dos profissionais da saúde, o momento da escolarização torna-se importante, pois a escola preparada para estimular o desenvolvimento do PAEE, potencializa e mostrar à família as possibilidades no desenvolvimento desse aluno.[...]
Aluno público alvo da educação especial no Ensino Médio [...] Quando o aluno se depara com dificuldades de ensino, repetência e má qualidade de infraestrutura educacional, ele passa a acreditar que a escola não contribuirá para um futuro melhor dentro de sua realidade e deixa de frequentar a escola. Mas, há também casos em que o aluno tem vontade de ir à escola e a família incentiva continuar os estudos,[...]
CONSIDERAÇÕES FINAIS
[...] há a necessidade de mudança em relação ao contato entre família e escola, propondo-se alternativas de comunicação com a família, e não somente em reuniões como acontece, mas um dia da semana com horário livre com o professor responsável pela turma do aluno ou com o coordenador, de forma que relate os fatos acontecidos na aprendizagem do aluno e suas dificuldades também, afinal a família pode auxiliar em métodos ou estratégias que beneficie o aprendizado do aluno pela família ser uma extensão da escola. Essas mudanças proporcionaria uma aprendizagem mais rica e funcional para aos alunos, favorecendo seu desenvolvimento cognitivo e social.[...]
[...] Outro aspecto de grande relevância é o papel da educação especial em parceria com o professor regente da sala comum, pois há uma falta de conhecimento sobre as potencialidades e limitações dos alunos público alvo da educação especial. E a inclusão do professor da educação especial na escola pode auxiliar a equipe escolar a ter um outro olhar diante das demandas dos alunos e das famílias. Uma vez que o professor na sala de aula comum passa a atentar-se nas necessidades dos alunos e reconhece uma mudança, ele pode apresentar trabalhos de modos heterogêneos com o mesmo objetivo; a mudança de metodologias e a dinâmica do ensino é de grande importância para todos os alunos.[...]
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