CONCEPÇÕES DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM: SUPERANDO A BUROCRACIA CURRICULAR
Disponível em periódicos da UFPE.
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O currículo é pensado como um conjunto de disciplinas, sendo o currículo oculto que se manifesta pela relação de poder em sala de aula o qual compreende o que está em torno do aprendizado. Os saberes básicos como ler, escrever, contar não são suficientes à formação do indivíduo, como a compreensão das relações de poderes. A formação curricular envolve relações sociais, determinantes para o processo de aprendizagem em sala de aula. “[...] seja, o currículo formal deve ser continuamente transformado, em um Currículo Real, por meio de planejamentos (bimestrais, anuais) e planos de aula, que possam vir a se constituir em ação didática.” “[...] as diferentes concepções de rendizagem que fundamentam o processo de ensino e como interferem no currículo [...] as diferentes formas de trabalhar o currículo possibilitam a formação de diferentes sujeitos, preparados para diferentes formas de inserção social[...]”. “Trata-se da educação com objetivos para além da formação de indivíduos aptos ao trabalho, que leve em consideração o conhecimento científico historicamente elaborado e a práxis social que o aluno vivencia.[...]” “[...] Como os objetivos pedagógicos restringem-se à memorização, dificilmente o aluno a ultrapassa, redundando em uma aprendizagem mecanizada e repetitiva.[...]” Sendo o conhecimento resultado da experiência, o homem é produto do meio. A escola estando inserida no ambiente de mercado de trabalho torna-se produtora dessa demanda como base, sendo assim cada escola possui seu próprio currículo, entretanto o processo educativo passa possuir relação bijetora em que aluno e professor se modificam em relação ao meio como resultado da aprendizagem.
Na concepção tradicional o aluno é considerado uma página em branco onde o conteúdo deve ser memorizado e armazenado.
A concepção comportamentalista se restringe ao empirismo, onde a experiência produz conhecimento e o educar é resultante de reforços entre acertos e erros. A abordagem da tarefa dissociada de seus fundamentos desloca do objetivo da aprendizagem e o aluno fica dependente da condução do professor ao resultado.
A concepção humanista dá ênfase a relações, centrando na personalidade do indivíduo e na sua capacidade de integrar, sendo o professor facilitador da aprendizagem do aluno e os conteúdos passa vir de modo secundário “[...] concepção humanista peca por não considerar o saber científico, acumulado ao longo da evolução humana, como fundamental.
para o desenvolvimento educativo do aluno. Peca ainda, por não considerar o movimento da história e suas contradições, fazendo com que a escola deixe de mesclar os conhecimentos científico e humano, fato que contribuiria na formação de indivíduos capazes de enxergar os problemas e possíveis soluções sociais, além dos limites do cotidiano. [....]”Na concepção cognitivista, considera surgimento da aprendizagem como a relação dos resultados de estímulos entre o sujeito (cognoscível) e o objeto cognoscente, sendo a interação imprescindível ao processo, sendo o aprendizado dependente de uma prática pedagógica adequada, o aluno passa por etapas de construção do conhecimento por meio de desafios lançados pelo professor, as novas informações se readaptam as já possuídas, pois o conhecimento é ligado a algo que o aluno possa vivenciar.
A concepção histórico-crítica “[...] Objetiva-se uma Educação que ultrapasse a formação dos conceitos, levando o aluno a refletir sobre seu papel na sociedade, dentro da sala de aula, para que ele possa nessa relação teoria e prática encontrar novas maneira de atuar no contexto em que vive. Uma Educação que tenha a intenção de criar no aluno uma atitude crítica quanto às relações sociais nas quais se insere.[...]” o professor trabalha os conhecimentos científicos articulados à sociedade, por meio de mediação dialética, compreendida por referência a diferença, a heterogeneidade, a repulsão e o desequilíbrio entre seus termos: o saber imediato e o saber mediato. “[...] um trabalho pedagógico na perspectiva da mediação dialética que favorece o interesse do aluno, na medida em que ele percebe que seu conhecimento não é suficiente e esclarecedor ao ser posto à frente desse novo conceito.[...] O processo de síntese ocorre pela contradição tanto entre as próprias partes, quanto entre essas partes e o todo.[...]”
“[...] É na sistematização da vivência cotidiana reflexiva e crítica que se revela no planejamento de aulas e se materializa no dia a dia da sala de aula que a práxis se consubstancia e se revê apoiada pelos fundamentos teóricos da ação docente, objetivando uma educação de qualidade e intencional.” o professor tem o papel na aprendizagem e na transformação social.
Fichamento AMP
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